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Humilhação e violência é praxe?

por outraidade, em 11.10.18

As praxes onde a humilhação, a violência e o perigo são a regra nada tem a ver com praxe mas sim o extravasar de frustrações, de recalcamentos e da falta de valores como o respeito pela dignidade humana.

Não se tem aprendido nada com as tragédias que têm acontecido nas praxes e admite-se a aplicação destes "códigos" pré-históricos.

As instituições, a família e a sociedade parecem surdas e mudas; os praxados sujeitam-se em nome de uma integração e de uma aceitação no grupo como se tudo valesse até sermos considerados; os praxantes continuam impunes em nome de umas regras que inventaram e que, curiosamente, parecem ter legitimidade para passar ao lado do Código Penal.

As monstruosidades que se cometem mais não são do que o embrião de uma sociedade selvagem, degradada, ultrajante.

Alguma coisa anda em sentido contrário, sobretudo tendo em conta que a formação académica deveria ser um dos factores estruturantes para a consciencialização do outro e o respeito pelos direitos humanos.

E depois, andamos todos alarmados com o crescente aparecimento de movimentos extremistas.

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publicado às 20:18

Associativismo

por outraidade, em 10.10.18

Não temos o hábito de participação em associações?

Segundo parece boa parte de figuras públicas estiveram ligadas a associações onde deram os primeiros passos de participação pública. Não sei se assim é. O que é verdade é que foi em associações que a população resistiu ao período da falta de liberdade que marcou o Estado Novo.

Homens e mulheres, através de associações, integraram bandas de música, grupos de teatro, grupos corais, ranchos de folclore, equipas de futebol e outros desportos.

Nos anos 20/30 apareceram as Ligas de Melhoramentos, sobretudo no Portugal profundo com os residentes e originários a assumirem a necessidade de dotar as aldeias e centros populacionais de benefícios que poderiam trazer às populações melhores condições de vida.

O custo das obras era, na sua totalidade, suportado pelo povo, alguns emigrados em países longínquos, outros um pouco mais perto, normalmente na capital.

Desde um simples chafariz para substituir a "fonte de chafurdo", até à construção da casa da professora (a maioria regentes que se sujeitavam as péssimas condições de vivência), deixavam os homens bons da localidade mais prestativos e também mais unidos e fortalecidos.

E já, algumas dessas Ligas, em inícios dos anos 40 integravam nas suas fileiras "indivíduos de ambos os sexos", naturais e "com interesses ligados à" freguesia.

De uma forma astuta e arguta, encontram-se na definição de objectivos destas Ligas a integração de palavras como "protecção", "satisfação de necessidades", "interesse comum", "solidariedade".

Em 1955, por exemplo, um Presidente de Junta para receber os seus conterrâneos vindos de Lisboa,  diz no seu discurso: "A Junta de Freguesia é pobre. Não tem quaisquer recursos. Não recebe qualquer auxílio, particular ou das entidades governamentais. Portanto que vos reorganizeis o mais rapidamente...o povo merece o nosso esforço".

(ver Liga de Melhoramentos do Vidual, discurso de Alberto Antunes Brito).

Neste ambiente de intervenção cívica nasceram novas áreas de preocupação como o ambiente, a emigração, a formação escolar, os direitos da mulher,etc.

Este costume de associativismo teve um eco enorme nas comunidades portuguesas que se foram constituíndo e construíndo nos países de concentração de emigração portuguesa, muitos deles "chamados" por familiares, amigos e vizinhos.

Sobre a importância do associativismo falaremos de outra vez, nomeadamente porque perdemos este sentido de que só juntos/unidos podemos tornar-nos mais fortes.

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publicado às 16:25

O homem e o atleta

por outraidade, em 07.10.18

A suite 57306 não teria registo videográfico porque se tivesse...

Aceitar ir para uma suite de um hotel de luxo para comer um mcdonalds é que não foi. A questão é que não houve um acordo pré-da coisa. E isso é muito, muito mau.

Houve um acordo mas foi pós e, diz-se, que envolveu milhões, não propriamente posições.

Mas isto não foi um acto a sós, foi com o Zé Pereira e com uma amiga da Katryn, quase público daqui a pouco.

Sinceramente e falando a sério, cada um só põe à disposição do outro aquilo que quer e a mais não é obrigado. Sobretudo quando a ingenuidade (não sei de qual deles) não lhe permite por mais nada, a não ser que houvesse logo ali compromisso de casamento e tudo passaria a ser por bem.

Polémicas à parte, estes serão os momentos de devaneio do Ronaldo ou não...logo se verá quando o apuramento dos factos ficar concluído, se é que há factos, se é que alguma vez ficará concluído.

Talvez, depois de correr mais um milhão.

 

Outra coisa é Cristiano Ronaldo, o maior jogador de futebol do mundo, o atleta de alto nível, o "bota de ouro" de excelência! Esse é Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro e é português!

 

 

 

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publicado às 18:30

As estrelas estão muito perto

por outraidade, em 30.09.18

De repente, ao desfolhar algumas páginas, a Cristina, a Manuela, a Judite, a Fátima ficaram demasiado perto. Fala-se delas como se fossem "amigas" de toda a gente, daquelas que se encontram ao virar da esquina numa tarde de Domingo e isso não é benéfico para ninguém.

Convenhamos: saber que a Cristina dormiu nas feiras, que a Manuela foi perseguida, que a Judite não consegue namorar ou que a Fátima assa sardinhas é lá coisa de vedeta!

Isso é bom para a minha vizinha Felismina ou, vá lá, quando muito para aquelas concorrentes da Casa dos Segredos mas nunca para elas.

É que fica borrada a imagem perfeita que tentam passar e que o povo precisa para as adorar.

Não, ninguém perdoa à Fátima aqueles calções largueirões, ninguém! Aquele corpicho só pode vestir Rolo ou ainda mais, sei lá.

É que a distância, a inacessibilidade, o elas lá e eu cá, é que vende.

Olhem lá o que aconteceu com alguns figurões. Desde que soubémos tudo (vá, quase tudo) da vida deles, nunca mais se endireitaram. 

Aprendam que isto não dura sempre!

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publicado às 15:28

Tancos existe?

por outraidade, em 27.09.18

A pergunta não é parva mas corro o risco de uma parva resposta.

Tancos entrou no mapa há mais ou menos um ano, assim como a Chamusca. 

A confusão é tão grande que ainda ninguém respondeu se afinal  o material "roubado" corresponde ao material "encontrado";

ainda ninguém explicou que "guerrilha" institucional é mais importante que a defesa de uma carreira militar sem mácula;

ainda ninguém adiantou como é que um assaltante sozinho assalta um paiol de armas;

ainda ninguém esclareceu como é que um paiol militar não tem outro tipo de vigilância, ficando sujeito a um "pilha-galinhas" qualquer.

 

Que depois da marosca tenha havido a tentativa de ludibriar a investigação, qualquer um consegue entender. O que ninguém entende, nem mesmo quem possa dizer-se esperto, é que motivação, mobil, objectivo, razão, justificação (e mais outros tantos adjectivos semelhantes)  está na base do tal "roubo" a que já ouvi chamar "o maior" da história militar portuguesa.

 

 

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publicado às 00:12

Será que volto?

por outraidade, em 25.09.18

Será que volto?

 

E passados quatro anos voltei a passar por aqui.

Acreditam que já nem me lembrava de como "trabalhar" com esta ferramenta?

Fiquei com vontade de voltar, apesar de, cada vez mais, me perguntar a mim própria a quem interessam as minhas opiniões.

Na verdade, também não é obrigatório que me venham ler. Até porque desde há quatro anos para cá a informação jornalística tornou-se tão viral que quase me manipula o tempo, as leituras, as escolhas...a tal ponto que dou comigo a duvidar se aquela é mesmo a minha opinião ou a opinião que me incutiram.

Gostei de ler algumas coisas que aqui deixei, outras nem tanto. Ainda bem! Sinal de que não estagnei.

 

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publicado às 15:06

A escravidão é deste século!

por outraidade, em 15.01.14

 

Os escravos também se conformaram com a sua condição de escravos em nome de um céu prometido ou para salvação desta miserável circunstância. E o conformismo impedia a revolta em nome de uma submissão ou de expectativas criadas que, mais não fosse, a fuga a sanções.

O sistema esclavagista legitimado pelas instituições sociais, nomeadamente as que tinham como doutrina base a igualdade entre os homens...

A sociedade sustentava-se pelo trabalho e lucro gerado por esta força de trabalho, dominando um grupo sem poder.

 

Nas sociedades dos nossos dias a escravidão continua a ter as mesmas características acrescentado-se-lhe não só o conformismo mas também o seguidismo.

 

Os escravos continuam a acreditar num céu que não existe, tentando salvar-se da miserável circunstância de não terem nascido ricos, esperançados em expectativas que se vão anunciando. As instituições legitimam esta nova forma de escravatura através de outras sanções que se projectam em todos os aspectos individuais, de nada valendo as pregações cristãs da moral e da fé porque não há religião que consiga inverter atitudes quando elas não emanam de valores.

 

"A vida é tão simples na visão dos Deuses...Só é complicada para toda a humanidade;Vivemos num gueto chamado sociedade..." de Fernando Girão.

 

http://youtu.be/WP1wTEaCk9o


 

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publicado às 15:06

SER PORTUGUÊS

por outraidade, em 05.01.14

 

Hoje voltei aqui. Tinha tomado essa decisão há poucos dias atrás para vir falar de outro assunto. Mas hoje, um outro se impõe: Eusébio! Não sei falar de futebol (nem gosto de futebol) mas não é preciso quando, sobretudo, se fala de uma figura nacional, de um símbolo português também para além fronteiras. Não foi político, não precisou de votos, não precisou de discursos...o seu estatuto e a sua grandeza serão inesquecíveis.

 

Vão-nos morrendo os heróis, aqueles que deixam linhas de ouro na História.

 

Os "nossos" heróis que, de uma forma digna, souberam engrandecer o nome de Portugal.

 

Este País onde, cada vez mais, sentimos que os valores se desmoronam em nome de proveitos e lucros particulares, onde a ruptura entre as políticas económicas e as realidades sociais nos atiram para um abismo sem retorno a curto prazo.

A destruição social sem pena, sem piedade, sem critério, precipita-nos para uma qualquer saída que adivinhamos insegura. E, como sabemos, o maior problema é que as acções políticas a que temos vindo a ser sujeitos, não são resultado de uma incompetência dos políticos mas de um elaborado pensamento que intencionalmente põe em causa toda a anterior organização social, manipulando tudo e todos até as idéias. Limitam-nos o sonho, a esperança, a segurança e reduzem-nos a marionetas esfarrapadas.

 

Não é fácil manter a dignidade no meio de tanta indignidade!

 

Ainda assim, continuamos a manter o orgulho do "ser português" por Eusébio e por outros símbolos que constituem as nossas raízes.

 

 

 

 

 

 

 

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publicado às 16:14

Nem vencidos, nem convencidos!

por outraidade, em 10.11.13

(imagem internet)

 

A idade, às vezes, convence-nos e vence-nos.

 

Convencemo-nos que já não temos idade para isto e para aquilo...

Convencemo-nos que já passou o nosso tempo e que o mundo é dos mais novos...

Convencemo-nos que a idade traz tudo...

Convencemo-nos que nos falta a força, a paciência, a utilidade...

 

O discurso compreensivo muito na moda,

a nova orientação integradora dos mais idosos,

as maneiras modernas de encarar aqueles que chegam a idades mais avançadas,

 

mais apoucado não pode ser.

 

Não os tratem como se estivessem a perder as capacidades normais porque já bastam os maus tratos que lhes dão no País onde moram, fazendo-os sentir os verdadeiros culpados dum sistema social em rotura.

Diariamente atiram-lhes à cara os gastos na saúde, nos cuidados e...ainda por cima, ousadamente, alguém lhes terá metido (à anteriori) na cabeça o direito de receber uma pensão para lhes custear as despesas das fraldas e dos cremes das escaras ou do leite e dos yogurtes... luxos!

 

Vidas acima das suas possibilidades!

 

Os meus últimos tempos têm sido visitados pela revolta contra este terrorismo camuflado que a todo o momento se lança na comunicação social sem um pingo de pudor, sem um mínimo de consciência que me colocam a questão de perceber ou, vá lá, entender o que existe nas mentes humanas hodiernas...

Sinto-me inundada por aquele texto do Bruno Nogueira a propósito da má piada da outra a quem chamam escritora.

 

Esta coisa a que se vem chamando crise de valores é resumidamente uma crise das democracias.

Das duas uma: ou nos vai projectar para um novo modelo democrático ou nos enclausurará num modelo totalitário para o qual já não faltam todos os ingredientes.

 

Convencidos que isto não vai longe e vencidos muito menos porque ainda faltam muitas batalhas.

 

 

 

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publicado às 16:34

...

por outraidade, em 07.11.13

 

 

 

De repente, vemo-nos envolvidos...nós que não temos "espírito para a política"...

Há coisas que não podemos aceitar; há ofensas que ninguém, em seu perfeito juízo, consegue perceber.

Atentar contra as pessoas mais vulneráveis de uma sociedade, espartilhá-las, emparedá-las, para além de ser uma violência social, é também apressar a sua "morte" física e mental.

 

Nas sociedades modernas, em nome de dívidas ideológicas ou de ideologias devedoras, massacra-se um dos valores humanos mais preciosos - a dignidade!

 

Daí advém a minha revolta. Tanto se me dá a política, tanto se me dá esses grupos a que chamam partidos convencionado que em democracia representam o povo...quaisquer que sejam!

 

Ninguém pode representar alguém que não respeita, que não defende, que não protege.

 

Sinto-me quase como S.Sebastião...não propriamente porque ligada aos "imperadores romanos" (que só os conheço das aparições públicas), mas porque, ainda assim, as flechas vão-me torturando sem execução imediata. 

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publicado às 10:42


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